Convidada para fazer um tour experience em 4 hotéis novinhos em folha inaugurados em Maldivas, Andréa Tribulato se torna a primeira brasileira a hospedar-se no Hilton Maldivas, e conta pra WIT em primeira mão tudo o que você precisa saber antes de programar sua viagem ao paraíso maldiviano
Quem já teve a experiência de buscar “Maldivas” no Google Earth com certeza se surpreendeu com o fato de que o pin parece estar isolado no meio do oceano Índico, sem sinal de terra. Somente com muitos “zooms” podemos vislumbrar algum sinal de vida. Isso porque a República das Maldivas é um país composto por mais de 1200 ilhas, sendo menos de 200 delas habitadas e um número ainda menor habitada por nativos.
Este é um aspecto fundamental de se entender antes de ir para Maldivas, porque cada ilha tem potencial de proporcionar experiências totalmente distintas, conservando características muito peculiares que, se não estudadas previamente, podem fazer a viagem ser um completo fracasso. Por exemplo: a ilha da cidade de Malé, capital das Maldivas, é uma região onde a população segue tradições da cultura e religião islâmica, ou seja, biquínis e roupas curtas são proibidos nas praias e locais públicos, bem como o uso e comércio de álcool.
Mas fique tranquilo, Maldivas tem uma vocação fantástica para o turismo e atraiu as melhores redes hoteleiras do mundo, onde o lifestyle ocidental acontece em grande profusão, conforme explica Andréa Tribulato: “cada resort em Maldivas está localizado em uma ilha particular, onde as regras são determinadas pela administração do resort, assim como todas as atrações e atividades para os turistas são do próprio resort e variam muito de uma franquia para outra”. Na prática isso significa que o turista não tem chance de errar ao escolher a “ilha resort” que vai ser seu destino definitivo em Maldivas: “não é como ir para a Ilha do Mel, por exemplo, onde você pode trocar de hotel se não gostou do primeiro, em Maldivas cada ilha é o próprio hotel, e o deslocamento de um para outro é feito por hidroavião em viagens de pelo menos 30 minutos e que não são baratas”.
Em virtude dessa configuração geográfica tão peculiar de Maldivas, é interessante saber que os colaboradores dos resorts moram na própria ilha e raramente saem de lá, por isso as redes constroem pequenas vilas próprias para estes nativos, com mercados, complexos esportivos, academias e tudo o que eles precisam para viver. “É mais ou menos como na Disney, que tem uma cidade exclusiva para os cast members”, diz Andréa.
Já deu para entender que em Maldivas todas suas experiências serão concentradas na sua ilha de destino. Mas não se preocupe, os hotéis e resorts dispõem de uma programação tão extensa, que o mínimo indicado para ficar em Maldivas são 6 noites. “Tem resorts que possuem mais de 10 restaurantes, além dos restaurantes, toda a infraestrutura destes resorts são construídas em múltiplas edificações, e o deslocamento de um local para o outro é feito sempre pela areia, ao ar livre, a pé, de bicicleta ou com carrinhos de golf, é uma integração perfeita com a natureza”, frisa Andréa.
Andréa já teve a experiência de ir diversas vezes para Maldivas, sendo a última viagem a convite de uma operadora exclusiva para conhecer 4 hotéis recentemente instalados no arquipélago, são eles: Oblu Xperience Ailafushi, Le Méridien Maldives Resort & Spa, Cocoon Maldives e Hilton Maldives, sendo a primeira brasileira a hospedar-se no Hilton. Atualmente existem aproximadamente 180 hotéis resort em fase de construção, ou seja, mais de 180 novas ilhas entrarão para o roteiro turístico de Maldivas nos próximos anos. “Como cada hotel está localizado em uma ilha particular, a própria topografia da ilha e localização determinam quais as principais atividades disponíveis para o turismo, tem resorts que são próprios para mergulhos profundos com cilindro, outros com águas rasas para mergulho com snorkel, tem ilhas que proporcionam nado com golfinhas, outras com tartarugas marinhas, tem ilhas de águas calmas e ilhas de águas própria para surf, a própria formação dos arrecifes de corais mudam muito de uma ilha para outra e se engana quem pensa que Maldivas é destino apenas para casal, eu mesma estive em um resort que tem mais de mil metros quadrados de área recreativa para crianças”, explica Andréa.
Tudo isso denota que Maldivas é um roteiro diferente do que vemos no instagram, onde predominam os bangalôs sobre as águas e um lifestyle de glamour e sofisticação. Andréa conta que em Maldivas se vive, sim, o luxo, mas não o luxo imperial dos resorts ocidentais, e sim o luxo proporcionado pelo tratamento genuíno do maldiviano nativo. “O povo maldiviano é extremamente hospitaleiro, cortês e preocupados com nosso bem-estar, lá é um dos poucos lugares do mundo onde você vai encontrar um concierge por quarto e às vezes um mordomo por pessoa”.
Outro fator de extrema importância ao considerar fazer as malas rumo à Maldivas é a época do ano. Por estar em uma região de clima tropical, o arquipélago tem estações chuvosas que precisam estar no radar!
Para deixar essa matéria ainda mais didática, Andréa Tribulato elencou alguns temas importantes de se considerar, antes e depois de desembarcar em Maldivas. Confira:
Você chegará de um voo internacional, minha dica é se trocar no local da conexão e se possível tomar um banho no aeroporto, nos Lounges ou sala vip. Assim você chegará em Malé mais à vontade, pois lá é muito calor e o trânsito de sair do aeroporto e ir para o Hydropark é bem calorento. Mesmo assim, na sua bagagem de mão sempre leve uma blusa extra para o ar condicionado de voo, vento, chuva ou frio no barco;
Essa roupa que você chegará será a roupa das primeiras fotos, já carregue seu chapéu junto, óculos e se quiser ao chegar no aeroporto de Malé já coloca um biquíni por baixo e uma saída. Leve essa muda de roupa de praia, assim você pode chegar no hotel, aproveitar o dia lindo e já bater umas fotinhas, você terá bastante tempo pra isso, mas aproveite o céu caso esteja um dia bonito e não deixe a oportunidade pra depois;
Acessórios como lenço umedecido, carregador de celular, câmeras extras, chapéu e óculos sempre com você. Carregue um chinelo junto ou uma sandalinha, chegando lá tudo vira pés livres ou até descalços em alguns hotéis (Soneva, Six Senses, Gili Lankanfushi). Então, esqueça o salto e ganhe esse espaço na mala;
Carregue um tênis junto e uma roupa esportiva, se seu voo alterar, cancelar ou algo assim você pode usar a academia dos hotéis em trânsito ou dos próprios aeroportos que hoje já dispõem de academias e piscinas bem completas com áreas de spa;
Botinha de mergulho: item imprescindível pra quem já tem em casa, pode trazer;
Bolsa de praia: todos os hotéis de luxo e super luxo têm bolsas de praia da própria rede para usar. Você pode usar todos os dias e devolver ou se quiser levar pra casa há um custo (em torno de 35 a 60 dólares), levar de presente para alguém também é uma boa pedida;
Protetor solar, um bom livro e havaianas são minhas super recomendações pra Maldivas. Repelente: os hotéis de luxo e super luxo têm no quarto assim como amenidades de gilete para barbear/depilar, escova de dentes, pente de cabelo e creme de corpo. Hoje os hotéis estão todos sustentáveis, então shampoo, condicionador e sabonete líquido são repostos em louças e recipientes de vidro/cerâmica;
Chinelo, traga somente 1, em todos os hotéis eles têm chinelos de presente para os hóspedes e chinelos almofadados para usar dentro do quarto;
Recomendo trazer seu próprio steamer ou secador caso você goste de praticidade e agilidade. Os secadores são comuns numa velocidade mais baixa;
As tomadas são em sua maioria estilo europeu, traga adaptador. Caso use o iPhone 13 ou 14, as entradas nas paredes da cabeceira da cama são todas USB, o que não comporta mais esses dispositivos novos. Não esqueça a base do seu carregador;
Biquínis e saídas, você vai usar um por dia, capriche nos acessórios;
Em Maldivas é muito úmido, não conte que suas roupas sequem com facilidade dentro ou fora do quarto. Se precisar repetir, há lavanderias em todos os hotéis com custo extra;
Não é permitido trazer bebidas de fora. O consumo é todo da ilha;
Bagagens são permitidas até 20kg no hidroavião, caso você carregue mais peso a taxa extra gira em torno de 5 dólares por quilo.
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