Passar um verão na Santa e bela Catarina pode parecer clichê, mas um clichê diferente se a gente tiver e quiser exercer um bom olhar. Esse clichê diferente passa – e pode até ficar – em Governador Celso Ramos, um desses muitos cantos abençoados por Deus e bonitos por natureza
TEXTO HAMILTON MARIANO FOTOS DIVULGAÇÃO
Governador Celso Ramos, outrora chamado Ganchos, é um verdadeiro paraíso de águas estonteantemente verdes distribuídas por suas praias, todas sempre calmas, sem o agito que muitas vezes pode botar tudo a perder. Em Celso Ramos nada de orla com avenida oceânica, nem restaurantes gourmets e muito menos cafés de charme. Mas sobra charme na padaria que oferece pãozinho francês fresquinho de hora em hora, na barraca de pastel da praça, no pingado e na cachaça. Para agradar paladares que apreciam e buscam a boa comida nossa de todo dia tem peixe pra tudo que é lado, cozido, frito, ensopado e assado, tem pra todos os gostos, sempre feitos de um jeito que faz a gente comer com o maior gosto.
Tá, mas e o mar, a orla, a onda, a marola? No que compreende os domínios do Celso Ramos são 51 praias adornadas pelas belezas da Mata Atlântica, traduzindo um cenário paradisíaco. E paraíso é como a gente pode definir Palmas do Arvoredo com suas areias finas e brancas e águas cristalinas, muitas vezes deliciosamente mornas. Com ares de reduto exclusivo, Palmas é a única onde o boom imobiliário começa a dar as caras, mas ainda bem que de uma forma totalmente controlada, com edificações em alturas que jamais levarão sombras para a areia. Por ali ainda tem a Praia de Fora, Armação, Tinguá, Piedade, Calheiros, Sissial, Ilhéus, Bananeira, a Ilha de Anhatomirim e tem também Ganchos de Fora, onde está localizado o Ponta dos Ganchos Resort, um dos mais exclusivos do Brasil, eleito “melhor hotel do mundo” pela Leading Hotels of the World na categoria comprometimento com o hóspede... Quem já esteve lá sabe muito bem do que estou falando.
Mesmo sendo Governador Celso Ramos e o todo maravilho que lhe cerca, um lugar onde a gente chega e não quer mais sair, pegamos o carro, subimos a serra a fomos pra capital Floripa que com toda propriedade justifica o título de “ilha da magia”. Nos hospedamos no novíssimo LK, um hotel boutique que traz e respira design através da assinatura do arquiteto Roberto Migotto e do mobiliário que ocupa todos os espaços do hotel. Plantado bem na Beira Mar Norte ele impressiona sobre todos os aspectos. A recepção calorosa, com ares respeitosos, na medida certa, de “que honra ter você aqui com a gente” já denotava o que estava por vir. Um atendimento primoroso por todos os cantos do hotel, através de um staff no mínimo apaixonados pelo que fazem, o que faz transbordar nas atitudes e comportamento de cada um. O café da manhã é um acontecimento à parte, servido quase que em plena avenida, quase que sobre a baía norte. Uma sensação deliciosa! No apartamento (ficamos bem no alto, com a baía também aos nossos pés) um show de bom gosto, no mobiliário e no “enxoval” mais que aconchegante à disposição da gente. Ainda no topo o rooftop oferece uma experiência que faz tudo inesquecível. Um detalhe de puro charme sãos as bikes à entrada, disponíveis aos hóspedes para quem quiser dar um rolê pela city, pela orla...
Os dias passados na capital foram poucos para se descobrir realmente tudo o que ela tem pra mostrar, mas o que não deixamos passar em branco foi a sessão degust da gastronomia, um verdadeiro desbunde gastronômico! Vale a pena aqui listar o Seu Zé em Santo Antônio de Lisboa, o Barracuda na Lagoa da Conceição e o Nostradamus no Ribeirão da Ilha, todos eles referências gastronômicas em autarquias gourmets mundiais.
De volta a Celso Ramos, Palmas do Arvoredo ou simplesmente Palmas continuava lá envolvente, aconchegante, quente, límpida, com suas águas estonteantemente verdes – desta vez minha ficha caiu e percebi porque “Costa Esmeralda”. Os dias passados ali, um lugar que ainda não conhecíamos, fez-nos constatar que Santa Catarina além de santa é bela mesmo e que como destino turístico nada deixa a desejar. É só uma questão de exercer o bom olhar. Sabe aquela do: bons olhos só veem o que é bom? Então!...
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