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Sheron Menezzes, a garota da capa

A super atriz, super mulher, super mãe e deusa Sheron Menezzes pisou em terras maringaenses para fazer uma breve sessão de imagens para a campanha publicitária de uma marca local. Quem viu, logo percebeu que aquele sorriso e aquele olhar doce – que a gente ainda associa a Júlia, sua primeira personagem na novela Esperança (2002) – realmente é de Sheron. Sua simplicidade e simpatia transbordam. Após 8 horas de intensas gravações, e cansada, ela não hesitava em conceder uma foto aos clientes do restaurante Baco que a reconheciam por sua voz com timbre muito característico. Sheron é gaúcha, nasceu e viveu em Porto Alegre até seus 18 anos de idade. Dona de um talento nato, seu primeiro papel na Rede Globo foi avalizado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, que persuadiu o autor Benedito Ruy Barbosa a mudar a idade da personagem Júlia, inicialmente mais velha, para que pudesse ser interpretada pela então novata Sheron Menezzes. Sua estreia na TV foi tão aclamada pelo público que rendeu 3 prêmios à atriz, além de um convite para atuar no teatro. Sua estreia no cinema foi logo no ano seguinte, em 2003, no filme O Homem Que Copiava. Nessa brilhante carreira que já soma 18 anos, Sheron interpretou 19 personagens na TV, 5 no cinema e 3 no teatro. Ainda assim, ela faz a linha diva acessiva, e cuida pessoalmente do seu Instagram com mais de 3 milhões e meio de seguidores, onde posta diariamente as delícias e os desafios de ser mãe, e pautas sociais importantes e atuais. Como resistir ao convite para que Sheron Menezzes estrelasse em nossa capa celebrativa de 2 anos? E ainda rolou um papo delicioso sobre vida, carreira e espiritualidade. Com vocês, Sheron!


POR VINÍCIUS LIMA FOTO FERNANDA GARCIA MAQUIAGEM TITTO VIDAL STYLIST PATRICIA BASTOS

[WIT] Sheron, não podemos nos abster da pergunta mais óbvia: o que você achou de Maringá?

[SM] Eu adorei Maringá! Eu achava que conhecia a cidade, mas quando cheguei percebi que não. Eu achei tudo muito lindo, muito arborizado e fui muito bem recebida. Eu gostei de verdade e espero voltar.


[WIT] Seu trabalho promove conhecer muitos lugares ou vida de atriz é mesmo no Rio?

[SM] Meu trabalho me promove conhecer muitos lugares, porque a gente faz muitos trabalhos, viaja muito, tanto para gravações quanto trabalhos publicitários mesmo. Eu não fico só no Rio e essa é uma das vantagens do meu trabalho: conhecer lugares novos.


[WIT] Já que o assunto é Rio, anos atrás você disse que se sentia muito Cariúcha (Carioca com Gaúcha). Após todos estes anos, você ainda se sente Cariúcha ou tá mais pra Carioca mesmo? Afinal, você é RAINHA DE BATERIAAAA!

[SM] Eu ainda sou muitoooo Cariúcha. Eu moro no Rio há 18 anos. Eu tenho 36 anos, então é exatamente meio a meio: 18 anos vividos em Porto Alegre e 18 anos no Rio de Janeiro. Eu ainda me sinto uma Cariúcha porque quando eu fico irritada o sotaque vem, quando eu tô feliz o sotaque vem [risos]. As minhas raízes são bem gaúchas e eu tenho um jeito bem gaúcho de ser. Eu sou aquela gaúcha do churrasco, “tchê, né?” [risos]. Sem contar que uma boa parte da minha família continua por lá. Meu coração é dividido. Apesar de ser rainha de bateria, de amar o Rio de Janeiro e de este ser o lugar que eu escolhi para viver e educar meu filho, eu ainda tenho um pouquinho do Rio Grande do Sul dentro de mim.


[WIT] Além de deusa e super atriz, o Brasil já te conhece e reconhece como mãe e a delícia que é, pra você, ser mãe. Mas cá pra nós, a maternidade tem também suas dificuldades?

[SM] A maternidade tem muitas dificuldades. Eu falo que a maternidade é uma dor delícia, é uma dor deliciosa de ser vivida. Eu não me arrependo. E se soubesse que era tão bom teria feito antes! Mas, sim, tem muitas questões que ninguém te conta. As pessoas romantizam muito a maternidade, e é uma coisa que eu não gosto de fazer, eu gosto de tocar a real. Então, sim, é difícil, o parto é difícil, para algumas mulheres a gravidez é muito difícil, a amamentação foi super difícil pra mim, o puerpério – que é um tema que não se fala muito – é uma coisa extremamente dolorosa pra mãe. Eu tô falando tudo o que é difícil para aquelas pessoas que passam por isso, então tem mães que não passam por problemas na amamentação, que não passam por problemas na gravidez, que não passam por problemas no puerpério, e tem mães que sim. Então a gente tem que falar para as pessoas que pode ser que sim e pode ser que não. E depois de crescido tem questões como o sono, por exemplo. Meu filho tem 3 anos e eu não durmo uma noite inteira até hoje. Educar uma criança para esse mundo também é um desafio. Formar um bom homem e um bom cidadão é uma tarefa onde eu coloco todas as minhas forças. No que depender de mim eu entregarei para o mundo um homem 100%, aí é com ele, porque o livre arbítrio e as escolhas são dele, mas eu vou continuar fazendo o meu possível e impossível como mãe.


[WIT] Tem se falado tanto em resgate de valores fundamentais, principalmente nesse período em que estamos vivendo… Você acredita em um resgate da espiritualidade?

[SM] Eu sou uma pessoa espiritualista, eu falo. Eu acredito em tudo o que é bom. Eu acredito em todas as energias voltadas para o bem: eu rezo, eu oro, tomo banhos, faço simpatia e se me disser que tem que comer a ‘comida tal’ porque dá sorte, eu como [risos]. Além de tudo isso eu sou supersticiosa. Então eu tenho uma espiritualidade bem aflorada. Tudo o que é pro bem, conta comigo.


[WIT] Sheron, queremos te ver de novo também no teatro e nas telas do cinema. Podemos ter essa esperança? Rola um spoiler?

[SM] Eu também tô loucaaaaaaa pra vocês me verem de novo, mas eu não posso dar spoiler. Eu trabalhei até o início da pandemia, a pandemia começou, eu vim pro meu refúgio que é a casa em Vargem Pequena, no meio do mato, e estou aqui há 6 meses. Já já eu posso contar alguma coisa, mas agora não... Também tô louca pra que vocês me vejam de novo [risos].




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