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Raphael Guimarães

Uma vida dedicada à fotografia


O primeiro contato de Raphael Guimarães com uma câmera foi aos 7 anos de idade, quando encontrou uma máquina fotográfica no sítio de seu avô em Nova Esperança, Paraná. Brincando com a câmera todos os dias, nem ele sabia que já estava treinando noções de composição através do visor de enquadramento. Dois anos depois, juntando o dinheiro de sua mesada, ele comprou sua primeira câmera, uma analógica da marca Tron, modelo Z60S. “Como eu ia muito para o sítio, minhas fotos eram de animais, pássaros, do rio e de toda a natureza disponível, além da minha família, principalmente minha mãe, que topava ser minha modelo”, explica Raphael.


Como sua grande incentivadora, de um talento despontado tão cedo na infância do filho, dona Marlene inscreveu Raphael aos 14 anos de idade em um programa do governo chamado Proerd, por meio do qual ele conseguiu seu primeiro emprego, em uma loja de revelação fotográfica da cidade de Nova Esperança. “Nos tempos vagos eu ia ao laboratório conhecer os processos de revelação e com o tempo ganhei a confiança do dono para também fotografar alguns eventos, sendo um apoio para a equipe”.


Naquela época os estúdios de revelação faziam não apenas a revelação das fotos, mas tinham grandes equipes para oferecer o serviço completo de cobertura fotográfica, principalmente de eventos sociais como casamentos, aniversários, batizados, e muitos outros, conforme explica Raphael: “muito diferente de hoje em dia, as pessoas não contratavam um fotógrafo específico, elas contratavam estúdios como Excelsior, Pro Imagem e Foto Célula, através de pedidos, não tinha nem mesmo uma relação contratual, então em minha carreira eu assisti não apenas essa transição da fotografia analógica para a digital como também o reconhecimento da figura do fotógrafo como um artista”.


Após fotografar alguns anos com a tecnologia analógica, Raphael comprou sua primeira câmera digital em 2005, uma Canon modelo 30D, já em Maringá, para onde veio à procura de um emprego no ramo de fotografia, e de onde nunca mais saiu. Ao trabalhar como segundo fotógrafo para outros fotógrafos na cidade, Raphael desenvolveu muito cedo um olhar para a foto espontânea, conhecida como fotojornalística. “Por estar sempre na retaguarda, nunca na linha de frente, eu não podia nem mesmo utilizar os flash, fui até acusado por estar perdendo tempo, que nenhuma foto seria aproveitada, até que uma certa noiva, ao escolher as fotos da sua festa de casamento, escolheu a maioria das fotos clicadas na minha câmera”.


Seu olhar fotojornalístico, de fotos espontâneas e verdadeiras ficou ainda mais aguçado após sua experiência de trabalhar para o jornal Diário de Maringá e outros dois anos colaborando para o jornal Noroeste de Nova Esperança. Com toda esta bagagem, Raphael ainda se considera um fotógrafo generalista, que não faz apenas um tipo de fotografia, mas “de tudo um pouco”, como casamentos, debutantes e festas em geral, eventos corporativos, ensaios de gestante, fotos de arquitetura, fotos de gastronomia e até mesmo fotos de dança. “Eu decidi estudar foto de dança por ser uma especialidade rara e ser um tipo de fotografia que demanda técnica e conhecimento; hoje faço muitas fotos de bailarinas e por muito tempo fotografei companhias de dança como Street Company Tatiana Souza e Ballet Nara Dutra”. Raphael também já fotografou moda, diversos concursos de Miss, sendo inclusive convidado para compor a banca de júri em algumas edições.


“Meu maior objetivo é tirar das pessoas a impressão de que elas não saem bem nas fotos, fazer elas entenderem que só precisavam de uma boa foto e de um fotógrafo que consiga extrair uma expressão”, conclui Raphael.




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