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Fototerapia - o clássico que nunca sai de moda

Desde a antiguidade a luz é utilizada no tratamento de doenças de pele, uma tecnologia barata e eficaz, com resultados comprovados cientificamente, e em muitos casos ainda não superados mesmo com o advento de modernas tecnologias da indústria farmacêutica

Dra. Sineida Berbert Ferreira CRM 12283 PR | RQE 11131


Como o próprio nome sugere, fototerapia é uma terapia com luzes artificiais que podem estimular ou inibir a atividade celular. Esse tratamento é muito utilizado para combater doenças como psoríase, vitiligo, dermatite atópica, tipos de eczema (alergias), linfoma cutâneo, esclerodermia, líquen plano, urticária, etc. É um método barato, eficaz, indolor e muito seguro, tão seguro que pode ser feito até mesmo em crianças e em gestantes.


Apesar de ser um método terapêutico que existe a muito tempo, os aparelhos se modernizaram, oferecendo resultados mais eficazes e seguros. Este tratamento ainda hoje é considerado pela comunidade científica padrão ouro (gold standard) no tratamento do Vitiligo, por exemplo.


Na clínica de dermatologia da doutora Sineida Berbert Ferreira essa tecnologia é aplicada há 18 anos. Segundo ela, embora o poder das propriedades da luz seja um conhecimento milenar, essa técnica continua sendo uma das mais eficazes no tratamento de diversos diagnósticos de doenças de pele, conforme ela explica: “a tecnologia está muito avançada em todos os estratos, inclusive na indústria farmacêutica que lança por ano diversos novos medicamentos para o tratamento de doenças autoimunes, aqui na clínica nós estudamos todas essas inovações e empregamos em nossos tratamentos de maneira associada, mas a luz continua sendo soberana em termos de não apresentar nenhuma contra-indicação e ser extremamente acessível”.


Se você está se perguntando como a luz é capaz de mudar a expressão de uma doença, aqui vai uma breve explicação: nosso corpo tem células de defesa chamadas linfócitos. Existem diversos tipos diferentes de linfócitos, chamadas de subpopulações, e cada um desempenha um papel diferente. Quando uma pessoa possui uma doença autoimune o que ocorre é um desequilíbrio nessas subpopulações de linfócitos, é aqui que entra a atuação da luz através de raios UVA ou UVB, a luz correta é capaz de modular a resposta imunológica reequilibrando as subpopulações de linfócitos, ou seja, diminuindo aqueles que liberam substâncias inflamatórias, amenizando e até mesmo extinguindo os sintomas de vermelhidão, coceira, descamação e despigmentação da pele.


Cada diagnóstico sugere uma frequência diferente de tratamento, mas de forma geral são sessões de no máximo 5 minutos, feitas algumas vezes por semana. Conforme já esclarecido, dependendo da doença, a exposição à luz pode ser associada a tratamentos sistêmicos, com uso de remédio. “Em alguns casos a associação à fototerapia pode inclusive diminuir a prescrição de remédios orais no caso de pacientes que têm contra-indicações como, por exemplo, problemas no fígado; até mesmo o câncer de pele do tipo linfoma é tratado eficazmente por meio da fototerapia”, esclarece Sineida.





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