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O vilão Melasma

O melasma causa baixa autoestima, sofrimento e até isolamento. Pode parecer exagero, mas estudos clínicos mostram que este é o sentimento de muitas mulheres que enfrentam na pele esta condição tão comum entre jovens adultas

FOTO JOÃO PAULO SANTOS


O melasma é uma condição caracterizada pelo surgimento de manchas escuras, em especial na face, podendo surgir também no pescoço, colo e até braços. Esta condição é, sem dúvidas, muito mais comum em mulheres, em virtude de gatilhos hormonais, mas pode ocorrer também em homens.


A médica dermatologista doutora Sineida Berbert explica que estudos comprovam que fatores de predisposição genética podem estar associados ao surgimento do melasma, porém, diversos outros fatores podem desencadear ou agravar o quadro, tais como: exposição solar, calor, hormônios, medicamentos, estresse, resistência periférica à insulina, diabetes, síndrome dos ovários policísticos, alimentação desequilibrada com alta carga inflamatória, fibromialgia e até mesmo a poluição.


O melasma pode ser classificado em epidérmico, dérmico e misto, dependendo da localização do pigmento, e isto muda a forma de tratar e sua resposta ao tratamento. Apesar de ser um tipo de dermatose crônica para a qual ainda não existe cura, o tratamento adequado com o dermatologista experiente poderá controlar e clarear o melasma através de protocolos personalizados, conforme explica Sineida: “a base de toda terapia se faz com a educação em fotoproteção solar. O uso correto, diário e contínuo de filtro solar é importantíssimo durante e após o tratamento”.


O tratamento do melasma poderá conter, através de protocolos personalizados, medicamentos orais, despigmentantes tópicos, peelings e tecnologias a laser, ou mesmo a associação de técnicas para potencializar resultados. “Além do tratamento clínico, podemos colocar na rotina do paciente o uso domiciliar de cremes com diferentes funções, como inibidores de melanina, renovadores da epiderme e antioxidantes capazes de neutralizar a formação de radicais livres, prevenindo a pigmentação”, explica Sineida.


Sobre as tecnologias e aparelhos para tratamento do melasma presente na clínica da doutora Sineida, podemos elencar:


  1. Laser ND YAG (Acroma). Aprovado pela Anvisa e FDA para tratamento do melasma, este laser, devido ao seu pulso rápido de alta potência e característica fotoacústica, fragmenta o pigmento de melanina da pele, sem gerar calor, o que traz segurança no uso e preserva a superfície da pele.

  2. Laser Lavieen (Laser de thulium - 1927nm). Possui alta afinidade pela água, vaporizando a camada superficial da pele, melhorando textura e pigmentação.

  3. Microagulhamento robótico. Age nas camadas mais profundas da pele estimulando a produção das fibras colágenas, a firmeza e facilitando a regeneração tissular.

  4. Laser vascular 1064-NDYAG. Atua no componente vascular do melasma como terapia coadjuvante.

  5. Intradermoterapia. Tecnologia robótica de administração de medicamentos clareadores nas camadas mais profundas da pele e de maneira mais concentrada.

  6. Leds. Fotobioestimulação, controle de inflamação e rejuvenescimento.

  7. Peelings químicos. Novos peelings não agressivos, indolores e seriados, capazes de promover renovação celular e clareamento controlado.

  8. Bioremodeladores de colágeno. Novos estudos mostram que a degradação do colágeno e frouxidão da pele piora o surgimento do melasma, assim o tratamento das 3 camadas da pele é capaz de melhorar o melasma.


Por fim, Sineida Berbert adverte: “muito cuidado com tratamentos agressivos, evite o efeito rebote! Seja gentil com a sua pele, tenha disciplina, persistência e uma boa dermatologista... seu melasma tem controle!”, conclui.


Dra. Sineida Berbert Ferreira

CRM/PR 12283 | R.Q.E. 11131

@drasineida




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