TEXTO POR VINICIUS LIMA
Em plena Rua Néo Alves Martins, bem ao lado do hotel Golden Ingá, um novo empreendimento chama a atenção pela beleza brutalista do local: o restaurante Cruz Baroni. Já na fachada vemos grossas vigas de madeira maciça formando as esquadrias que emolduram as portas e janelas que se abrem para um interior com pegada industrial e incrivelmente acolhedor.
Assinada pelo premiado artista plástico Jorge Pedro, a arquitetura do novo Cruz Baroni ganhou traços característicos desse artista que soma, em seu extenso repertório, obras que mimetizam a relação entre o orgânico e o mecânico, o natural e o industrial. No interior do Cruz Baroni essa relação se torna evidente no largo uso da madeira em harmonia com roldanas, mãos francesas e parafusos aparentes, criando um cenário que parece remeter ao interior de um submarino do início do século passado.
O impacto visual de quem entra no local é apenas o prelúdio da experiência sensorial promovida pela gastronomia do restaurante, cuja especialidade são as carnes e cortes nobres. Fundado por Carlos Cruz e Marcelo Baroni, o restaurante leva não apenas o nome dos sócios, mas também o amor e o entusiasmo de ambos quando o assunto é carne.
Carlos trabalhou por muitos anos exportando para laboratórios europeus insumos provenientes da carne bovina, usados no campo da medicina. Já Marcelo está no mercado de carnes há 13 anos servindo o público com cortes especiais e preparos personalizados. Foi assim que os sócios se conheceram, quando Carlos, em visita a Maringá, foi surpreendido por Marcelo quando este deu 5 opções de ponto para a carne: mal passada, ponto menos, ao ponto, ponto mais e bem passada.
Atualmente o Cruz Baroni é um dos poucos pontos gastronômicos da cidade que leva a sério o ponto perfeito da carne, usando a tecnologia para controlar a temperatura da chapa em tempos real e o timing perfeito de cada ponto.
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